sábado, 27 de fevereiro de 2010

CAHIS informa

ALUNO ON LINE
Já começou a inscrição em disciplinas. Acesse https://www.alunoonline.uerj.br/index_aluno.html

INSCRIÇÃO EM DISCIPLINA DOS NOVOS ALUNOS
Em 2 e 3 de março, os aprovados no vestibular 2010 farão a inscrição em disciplinas. A Gestão "Filhos da Pública IV" estará presente, distribuindo o calendário de atividades da "Calourada CAHIS 2010" e a edição especial do Jornal do CAHIS, totalmente dedicada aos calouros.

REFORMA DO CAHIS


Ontem (sexta-feira, 27/02/2010) e hoje, a sala 9027-F está sendo reformada. Os trabalhos já estão adiantados, para que, no retorno das aulas, tudo esteja pronto. Em breve, imagens da reforma do CAHIS no nosso Álbum no flick.


EMENTAS DAS DISCIPLINAS
Algumas ementas já foram disponibilizadas na comunidade CAHIS-UERJ do Orkut. Conforme os professores forem divulgando suas ementas, divulgaremos no Orkut e enviaremos à lista de correio eletrônico.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

LUTO: Uma fonte de cultura está fechando

Livraria do Jô sendo esvaziada em seu último dia de funcionamento


Esta sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010, entra negativamente para a história da UERJ. Marca a expulsão do livreiro Jô, um patrimônio do IFCH.

Essa informação vai surpreender dezenas de alunos e ex-alunos que passaram pelo 9° andar da UERJ desde a década de 1980. Passou-se a ditadura, chegou 2010, e em pleno "estado de direito", o reitor Ricardo Vieiralves, junto com seus subordinados, decide expulsar da UERJ uma fonte de cultura e informação.

A livraria do Jô estava instalada no IFCH há cerca de 30 anos, vendendo livros novos e usados a preço de custo. Seu crime foi distribuir informação a preços assessíveis aos estudantes da UERJ. Provavelmente, seu espaço vai ficar fechado pela reitoria até que seja cedido a quem pague mais. Daqui a pouco instalam um Mc Donalds, uma lanchonete ou algo parecido, Enquanto isso, os estudantes perdem a única livraria ainda existente na UERJ.

Aproveite enquanto a Livraria do Jô não fecha e compre livroa a 40% de desconto, além de livros selecionados a 5 unidades por 10 reais. Aproveite, pois é só hoje. Afinal, o index Vieiralves proibiu livreiros de se instalarem na UERJ, mas permite bancos praticamente impondo contas bancárias aos alunos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quem viveu o socialismo nunca vai defender o "capitali$mo"

http://www.youtube.com/watch?v=B80AsDP2IaM
TV Globo, programa "Mais Você", fevereiro de 2010

O Petkovic deixou a apresentadora Ana Maria Braga com a cara no chão ao defender a antiga Iugoslávia, seu país de origem.

Ao ser perguntado pela apresentadora como era ter nascido em um país com tantas dificuldades, Pet respondeu: "Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilha, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego, os problemas aconteceram depois dos anos 80".

Note que em seguida a apresentadora logo muda o assunto. A produção deve ter soprado algo pra ela falar e não ficar constrangida.

Noite ainda, no início do vídeo, o erro ridículo do mapa feito pela produção do programa, onde Sérvia, a Bósnia e a Croácia estão em posições trocadas. Quem fez o mapa deve ter a inteligência da Ana Maria Braga, ou do ser mais superior intelectualmente nesse programa, o papagaio "Louro José".

Independente de torcida, deve-se reconhecer a inteligência ímpar de Petkovic, quando comparado com a maioria dos outros jogadores (alguns inclusive tiram vaga de jornalistas formados na imprensa).

É a prova de que aqueles que viveram o socialismo nunca vão concordar com o capitalismo.

Assista em http://www.youtube.com/watch?v=B80AsDP2IaM

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O "terror" paranóico dos EUA foi criado pelos próprios EUA

Excelente texto de Argemiro Ferreira, publicado em "Pátria Latina" - http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=c6e81542b125c36346d9167691b8bd09&cod=5480

O legado da CIA no Irã, Afeganistão e Paquistão

A imagem do herói no cavalo branco a salvar a mocinha das garras do vilão, seja este assaltante de banco ou índio em defesa de suas terras invadidas, é recorrente na ficção de Hollywood. O deputado Charlie Wilson morreu, aos 76 anos, no dia 10 de fevereiro, certo de que era herói na vida real. Motivo: no Congresso injetou bilhões de dólares para financiar os que lutavam contra os russos no Afeganistão.

Ao morrer do coração Wilson já estava aposentado. Mas ele representou o Texas por 14 mandatos sucessivos na Câmara. Um livro (Charlie Wilson’s War – The Extraordinary Story of the Largest Covert Operation in History, de George Crile) e um filme (Charlie Wilson’s War, de Mike Nichols, com Tom Hanks no papel-título) o retrataram como herói.

A semana marcou ainda o 31° aniversário da revolução dos aiatolás do Irã, ocorrida apenas alguns meses antes da invasão do Afeganistão. Os iranianos derrubaram o regime do xá Reza Pahlevi, instalado em 1953 graças a golpe planejado pela mesma CIA que usou as verbas secretas do deputado Wilson para recrutar e armar os radicais islâmicos do lado paquistanês da fronteira com o Afeganistão.

O mínimo que se pode dizer é que no Irã, Afeganistão e Paquistão os EUA colhem hoje o que a CIA plantou com a colaboração de gente como o deputado Wilson (na foto, exibindo uma arma em seu gabinete – e, ao lado, a capa do livro que celebrou a “guerra de Charlie Wilson”). Osama Bin Laden foi treinado pela CIA para atacar os russos; gostou e atacou depois o World Trade Center em Nova York. E as bombas atômicas do Paquistão (real) e do Irã (hipotética) devem-se, ao menos em parte, a igual cortesia da CIA.

Um quarto de século para os donos do petróleo
A lambança atual no Afeganistão (largamente nas mãos dos radicais islâmicos usados pela CIA a partir de 1979), no Paquistão (onde a CIA instalou acampamentos para os ataques aos russos no país vizinho e encorajou o sonho paquistanês da bomba nuclear islâmica) e no Irã (que se nega hoje a abandonar o enriquecimento de urânio) reflete o passado irresponsável da espionagem dos EUA.

No Irã o golpe da CIA instalou o xá (foto ao lado – e mais sobre a trajetória dele AQUI) no lugar do premier nacionalista Mohamed Mossadegh, anulou a nacionalização do petróleo e com faustosa coroação em 1967 impôs a ficção do “trono de 2.500 anos”. As corporações anglo-americanas ganharam mais um quarto de século para explorar o petróleo do Irã, já que para isso a CIA também concebeu a tenebrosa Savak, serviço secreto celebrizado pelas câmaras de tortura.

Ainda naquela década de 1950 o Irã foi premiado pelo governo do presidente Eisenhower com relações muito especiais – que incluiram “acordo de cooperação nuclear para fins pacíficos”, deixando o país com alguma base para, em seguida à revolução dos aiatolás, assustar os EUA com a disposição de ampliar o programa nuclear e rumar para o enriquecimento de urânio.

Para o Irã submisso de Reza Pahlevi, nada era bom demais: além de favorecer o desenvolvimento nuclear, Washington ainda dotou o país de armas sofisticadas e modernizou a máquina da repressão – tudo pago com a receita do petróleo, que regalou nos EUA as indústrias de armas, aeronáutica, nuclear e de segurança. Só que hoje, tomado pelos rebeldes radicalizados nas câmaras de tortura, o Irã é outro.

Helms & Pahlevi: a intimidade promíscua
De tal forma o Irã do xá era criatura da CIA que no final de 1973 o presidente Nixon concluiu que ninguém melhor para ser embaixador em Teerá do que o próprio diretor da central de espionagem, Richard Helms – “dada a intimidade dele com o xá”, explicou (veja-o ao lado na capa da revista Time em 1967). Como se fosse o posto final de uma carreira de sucesso na CIA, dirigida por Helms durante quase sete anos, antes dos três que passou no Irã.

Com a contribuição do deputado Charlie Wilson, anticomunista meio fanático, o capítulo Afeganistão-Paquistão foi ainda mais vivo, excitante e insólito – ou colorful, para usar adjetivo talvez mais apropriado à conduta do parlamentar, um playboy excêntrico que quando não estava “salvando o mundo” da “ameaça vermelha” dedicava-se ao consumo de álcool e drogas com prostitutas de luxo.

Ele ficou obviamente encantado com os relatos do livro e do filme (no cartaz, ao lado, o trio central: Wilson, a namorada e o homem da CIA) que o tornaram celebridade. Seu papel pode ter sido singular pelo conhecimento de sutilezas do processo legislativo na Câmara, onde integrava a comissão de verbas (appropriations) e sua subcomissão sobre operações no exterior – além de cultivar contatos na comissão que supervisiona a espionagem.

Não só estava familiarizado com mecanismos e artifícios para ocultar a destinação de recursos. Também revelara-se mestre na troca de favores com colegas interessados em abocanhar verbas para projetos de seus distritos eleitorais. Certos especialistas acham que hoje teria mais dificuldades: o processo legislativo sofreu reformas depois, reduzindo – em nome da transparência – a prática do sigilo.

Forçando a URSS a invadir o Afeganistão
O fato é que Wilson começou por canalizar uma verba de US$ 5 milhões para os radicais afegãos. E no fim da década de 1980 aqueles recursos elevavam-se a nada menos de US$ 750 milhões por ano. Pode ter sido ajudado por pertencer ao partido da oposição (democrata) numa década dominada por governos republicanos (Reagan e Bush I) obstinados em estender ainda mais as ações militares dos EUA pelo mundo.

No Afeganistão e Paquistão, sabe-se hoje, a lambança foi bipartidária – devido a armadilha do governo do presidente democrata Jimmy Carter. Seu assessor de segurança nacional na Casa Branca, Zbigniew Brzezinski, confessaria 20 anos depois ter atraído a URSS para a idéia de invadir o Afeganistão. A invasão veio a 24 de dezembro de 1979, após seis meses de ajuda crescente da CIA aos rebeldes radicais.

Em entrevista à Nouvel Observateur de Paris em 1998, Brzezinski vangloriou-se de seu papel: “Carter assinou a 3 de julho de 1979 a primeira diretiva (à CIA) para a ajuda secreta aos opositores do regime pro-soviético de Kabul. Naquele dia eu tinha enviado nota ao presidente na qual expliquei que, na minha opinião, tal ajuda americana iria levar a uma intervenção militar soviética”.

Quando o jornalista perguntou se a ação clandestina dos EUA tivera a intenção de provocar a invasão russa, Brzezinski amenizou: “Não provocamos os russos para que invadissem, mas ampliamos conscientemente a probabilidade de que isso viesse a ocorrer”. No dia em que os russos cruzaram a fronteira, disse, escreveu de novo a Carter: “Agora temos a oportunidade de dar aos soviéticos o Vietnã deles”.

Brzezinski contestou, assim, a tese republicana que atribui a Reagan a glória pelo fim da URSS. “Durante quase 10 anos a URSS amargou guerra insuportável – um conflito que trouxe a desmoralização e, afinal, a dissolução do império soviético”, alegou. Mas o exagero é comparável ao do mérito republicano. O desfecho, após meio século, deveu-se aos dois partidos e muita gente mais – inclusive os que erraram tanto na URSS.

De “combatentes da liberdade” a “terroristas”
As avaliações atuais tentam ignorar os efeitos negativos das ações da espionagem. Ao financiar, treinar e armar (até com mísseis Stinger, capazes de destruir aviões em vôo) os radicais que batizou de “combatentes da liberdade” a CIA extremou as ambições deles. Hoje ela os repudia como “terroristas”, indiferente ao fato de que são os mesmos – e aprenderam o que sabem na CIA, em especial a pensar o impensável, como atacar o coração do império americano.

Com os russos fora do Afeganistão os EUA deixaram o país para os radicais que a CIA diplomou em terrorismo. Com armas como o Stinger, os talibãs tomaram o poder e ficaram até 2001 (hoje lutam contra tropas da OTAN). Bin Laden, saudita de nascimento, ainda dirige de lá a al-Qaeda, que opera no mundo a partir do território afegão. A CIA ainda tenta “recomprar” Stinger mas nem sabe quantos distribuiu – a estimativa vai de 500 a 2.000.

O deputado Wilson, ao invés de herói, foi cúmplice das trapalhadas. Livro e filme dizem que agia com assistência da CIA. A culpa dos EUA e sua agência ia mais longe na relação promíscua com o general-ditador paquistanês Zia-ul-Haq, que em troca do apoio à operação na fronteira afegã obteve luz verde e deu carta branca ao construtor da bomba atômica islâmica, o cientista Abdul Qadeer Khan.

No desdobramento, a receita da bomba-A do Paquistão foi parar no Irã, Coréia do Norte, Líbia e talvez outros. Assim, além de fazer a “guerra (sem fronteiras) ao terrorismo” e lutar no Afeganistão contra os que antes chamava de “combatentes da liberdade”, os EUA hoje têm de vigiar o Dr. Khan, o serviço secreto (ISI) do Paquistão, os progressos nucleares do Irã e da Coréia do Norte e sabe-se-lá-mais-o-que.

A própria CIA adotou a expressão blowback para designar os efeitos opostos ao que pretendia em cada uma de suas operações clandestinas. A palavra (usada no título do livro da capa ao lado, no qual Chalmers Johnson analisou os custos e consequências do império americano) apareceu pela primeira vez em relatório secreto de 1954 sobre o golpe da CIA no Irã . O blowback da derrubada de Mossadegh foi a tirania de 25 anos e a revolução (antiamericana) dos aiatolás. Já em relação ao Afeganistão, os ataques do 11/9 nos EUA tendem a ficar na história como o efeito mais devastador.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ordem de choque compra o carnaval

Texto publicado na internet sobre a exaltação ao Choque de Ordem que a São Clemente levou à passarela, lhe garantindo a hostilidade do público presente e o primeiro lugar do grupo de acesso.
Em tempo, é provável que o "xerifão" Rodrigo Bethlem, queridinho da Globo, venha candidato nas próximas eleições, segundo o próprio jornal O Globo, que em tom de campanha aberta exalta os "feitos" do Choque de Ordem comandado por Bethlem. Em tempos de censura privada, a repressão é exaltada e o resultado é previsível. Aproveito para lembrar a lição de Marildo Menegat, sobre a barbárie institucionalizada que vemos por aí: Parece que hoje o estado de exceção é o que mais se legitima, mesmo na ordem eleitoral. Quando a truculência é o que mais garante legitimidade na política, talvez não haja mais nada a ser legitimado. O governo que governa pela truculência está fadado a cair, mais cedo ou mais tarde. A eleição de Rodrigo Bethlem seria, assim, mais um passo rumo à barbárie.

O ENREDO CHAPA-BRANCA DA SÃO CLEMENTE
Aos poucos vamos voltando com a nossa programação normal. E, de saída, registramos o fato mais lamentável deste Carnaval. Verdadeira palhaçada, o primeiro lugar da São Clemente (aqui) marcou de forma negativa os desfiles do grupo de acesso na Marquês de Sapucaí. A escola de Botafogo, zona sul carioca, exaltou o "choque de ordem" da Prefeitura do Rio. Um enredo chapa-branca, escandalosamente elaborado para satisfazer interesses políticos. Quanto custou aos cofres públicos o desfile da São Clemente? Quem acha a pergunta capiciosa deveria ponderar sobre a possibilidade de uma escola pequena receber apenas uma nota -- repito, apenas uma! -- abaixo de 10: um generoso 9,7 no quesito mestre-sala e porta-bandeira.
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Não assisti o desfile mas, segundo testemunhas oculares, a São Clemente foi recebida com frieza pelas pessoas nas arquibancadas e houve até mesmo um princípio de vaia. A comissão de frente -- uma das mais nojentas da histórias do Carnaval -- veio formada por guardas municipais estilizados, carregando escudos de aço e distribuindo cacetadas em um apavorado trio formado por arlequim, pierrô e colombina.
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Uma ala abjeta representou o prefeito, subprefeitos e secretários da cidade, apresentando-os como xerifes legais. Outra chamava a atenção com meninos de rua trazendo latas de cola e cobertores nas mãos. Na sinopse do enredo distribuída ao público, a ala era definida assim (os grifos são meus): "Um dos focos principais da política da prefeitura, meninos e meninas de rua são acolhidos e recebem o amparo amoroso desse ordenamento".
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A São Clemente desceu da seguinte forma (notem o absurdo escancarado em alguns setores da escola):
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Comissão de frente: Choque de Ordem na Folia. Policiais colocam ordem no Carnaval.
Abre-alas: Saudades do Rio. Copacabana saudosa dos anos de 1950.
Baianas: Praia de Copacabana. Com uma proposta mais divertida para as baianas, usando bóias e toca de mergulho na fantasia.
Segundo setor: Ações da prefeitura na cidade, com guardas de trânsito multando infratores e a construção ilegal ganham espaço neste setor.
Segundo carro: República do Gato. Gato de luz, gato de TV e o gato de rádio podem ser observados na alegoria que traz uma favela.
Terceiro setor: A escola faz algumas referências de enredos antigos da agremiação, como o Boi com Abóbora e rainhas de bateria com olho roxo.
Terceiro carro: O Samba Sambou. Um ringue de boxe com duas rainhas de bateria se agredindo ilustram este carro. Há também um roqueiro tocando tamborim e um sambista tocando guitarra.
Quarto setor: Saudade do Rio. Relembra os personagens de antigos carnavais, com a figura do bonde.
Primeiro casal de mestre-sala: O Sol do Rio de Janeiro.
Bateria: Xerifes do Choque de Ordem.
Quarto carro: O Bonde São Clemente. Aborda os carnavais antigos.
Quinto setor: O Samba Virou Hollywood. O último setor da escola fez referências às mazelas do carnaval atual, repleto de estrelas e celebridades.
Quinto carro: O Carnaval Virou Hollywood. A São Clemente afirma que o carnaval virou Hollywood. Nesta alegoria estará o personagem do enredo, o gari Renato Sorriso, representando o povo.
Passistas: Na companhia de Renato Sorriso, os passistas masculinos e femininos da São Clemente vieram vestidos de garis.
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Segundo a pesquisadora Eneida, em seu livro História do Carnaval Carioca, "parece que uma das características do Carnaval é dar aos escravos de qualquer época o direito de criticar os seus senhores". A São Clemente fez o contrário e assumiu a atitude anti-carnavalesca mais explícita de que se tem notícia. Reacionário e servil são adjetivos aplicáveis ao que apresentou na avenida.
http://botequimdobruno.blogspot.com/2010/02/o-enredo-chapa-branca-da-sao-clemente.html
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/02/16/rodrigo-bethlem-deve-sair-candidato-nas-eleicoes-915870713.asp

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Calendário de atividades fevereiro/março-2010

Atenção ao calendário para o período entre depois do carnaval e a segunda semana de aulas de 2010/1

26/2 - PINTURA DO CAHIS, A PARTIR DAS 15H
Início do processo de pintura do CAHIS, incluíndo retirada dos objetos da sala e primeira mão de tinta

27/2 - PINTURA DO CAHIS, A PARTIR DAS 09H
Continuação da pintura do CAHIS. Se o tempo colaborar e tiver bastante gente colaborando nesses dois dias (sexta e sábado), já se pode concluir a pintura.

02 E 03/3, ENTRE 8 E 19H
Recepção aos calouros que farão inscrição em disciplinas, entregando o jornal dos calouros e recolhendo os endereços de correio eletrônico para a nossa lista.

10/3, INÍCIO DAS AULAS
Chegada dos calouros.

15 a 17/3, 10:30 e 18:30
III Apresentação dos Núcleos e Laboratórios - em dois turnos na RAV 94.

18/3, 10:30 e 18:30, CINE CLUBE CAHIS
Filme da Ocupação da Reitoria em 2008, dois turnos.

20/3, 12h, 9° EM FESTA
Nono em Festa, incluindo IFCH, Serviço Social e Educação Física.

Centro Acadêmico de História UERJ-2010 - "Gestão Filhos da Pública IV"

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pra quem defende o sionismo...

Israel admite ter usado fósforo branco contra palestinos
Em reposta à ONU, exército israelense admitiu uso da arma química em ofensiva contra Gaza, no ano passado

02/02/2010
da Redação,

Em documento enviado à Organização das Nações Unidas (ONU), na última sexta-feira (29), o governo de Israel admitiu ter utilizado fósforo branco na ofensiva contra a Faixa de Gaza, em janeiro do ano passado.

O exército israelense reconheceu que a arma química, proibida pelas leis internacionais, foi usada no bombardeio ao bairro de Tel El Hawa, que atingiu o complexo da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), no dia 15 de janeiro de 2009.

Como resultado da investigação, o exército israelense submeteu à punição disciplinar dois oficiais por terem autorizado o uso do fósforo branco: o coronel Ilan Malka e o general-de-brigada Eyal Eisenberg foram investigados e sancionados pelas Forças de Defesa de Israel.

Resposta
O documento do governo israelense enviado à ONU é uma resposta ao relatório Goldstone, redigido pelo jurista sul-africano Richard Goldstone ao lado de uma comissão de investigação da ONU, que acusa Israel de ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

O relatório Goldstone exigia que o governo israelense investigasse a atuação de suas tropas durante a ofensiva à Gaza, entre 27 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro de 2009.

O fósforo branco é proibido, por que cria uma espécie de "cortina de fumaça", é altamente perigoso quando atinge pessoas, podendo gerar queimaduras profundas. Por isso, o uso do armamento é proibido contra alvos civis, segundo o direito internacional humanitário.

Antes de enviar o documento à ONU, o exército israelense afirmava que o fósforo branco teria sido utilizado apenas para “dificultar a visibilidade das tropas pelo inimigo" e não diretamente contra civis.

No bombardeio à Tel El Hawa, um funcionário da ONU e dois civis ficaram feridos pelo fósforo branco.

Denúncia
No dia 13 de janeiro de 2009, no entanto, em reportagem da Prensa Latina, denunciava-se o uso de fósforo branco por parte do exército israelense. Médicos, vítimas e grupos de direitos humanos em Gaza denunciavam que Israel empregava fósforo branco em seus bombardeios.

Médicos do hospital Al-Shifa, o principal de Gaza, declararam ao canal catarense Al Jazeera que vários dos feridos internados sofreram queimaduras muito profundas nunca antes observadas, que acredita-se foram causadas por químicas controversas como o fósforo branco.

Durante a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, cerca de 1,3 mil pessoas morreram do lado palestino e 13 do lado israelense.

Transcrito integralmente de http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4287/9/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Hugo Chávez e sua luta contra as difamações da "impren$a burgue$a"

Oligarquias contra Chávez
Mário Augusto Jakobskind, no Direto da Redação

A mídia conservadora brasileira e latino-americana está fazendo o possível e o impossível para que a previsão da revista Newsweek se confirme. A publicação estadunidense, deixando de lado a função jornalística, somou-se ao desejo de grande parte da oligarquia das Américas de que o governo Hugo Chávez seja derrubado e previu a eclosão de um golpe militar no país sul-americano.

A TV Globo não fez por menos e convocou um “consultor político”, um tal de Alexandre Barros, para criticar o “silêncio do governo brasileiro” em relação aos acontecimentos na Venezuela e ao final deixou claro que “o regime deveria ser derrubado”. E os editores ainda têm coragem de afirmar que fazem jornalismo imparcial.

A gritaria da mídia conservadora, acompanhada de uma nota do Departamento de Estado norte-americano de “preocupação com os acontecimentos na Venezuela”, deveu-se à suspensão temporária de seis emissoras de TV a cabo, uma delas a RCTV.

A manipulação da informação começou com a edição do noticiário que dizia que Chávez fechou os canais de televisão que se recusaram a transmitir os pronunciamentos do presidente venezuelano. Trata-se de uma meia verdade, as emissoras foram suspensas temporariamente até que demonstrassem que estavam seguindo a legislação midiática aprovada pelo Congresso. Nada ilegal, portanto, como o noticiário induz. Em poucos dias, cinco dos canais a cabo, a TV Chile, a American Network, a Ritmoson, a Sport Plus e a Momentum entregaram a documentação exigida pela Comissão Nacional de Telecomunicações comprovando que são canais internacionais, o que permite restabelecer as transmissões. Se a RCTV a cabo não fizer o mesmo continuará suspensa.

A oposição, que em setembro vai disputar os votos para a eleição parlamentar, colocou nas ruas para protestar estudantes de algumas escolas particulares. Fazem barulho, porque as suas manifestações contam com todo o apoio de um setor da mídia conservadora que considera Chávez o diabo.

Os jornais e as agências de notícias não informaram que no dia 21 de janeiro último o presidente da Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela, a FEDECÁMARAS, Noel Álvarez declarou em uma entrevista na RCTV que a “solução militar” é a única para a saída de Chávez. E isso com o acompanhamento entusiasmado do jornalista Miguel Ángel Rodriguez que o entrevistava.

No atual momento, a revolução bolivariana aprofunda o projeto socialista, ou seja, caminha para a mudança do modo de produção, o que não é admitido em hipótese alguma pelo conservadorismo dos mais diversos rincões das Américas. Os jornais brasileiros escrevem diariamente editoriais sugerindo a derrubada de Chávez e um posicionamento do governo Lula no esquema golpista capitaneado pelo Departamento de Estado norte-americano.

Mas, ao mesmo tempo em que ocorriam esses fatos, no Haiti a Sociedade Interamericana de Imprensa, a SIP, ignorava a denúncia da Federação de Jornalistas Latino-Americanos (FELAP) sobre o “atropelo contra o trabalho jornalístico no Haiti por parte das forças de ocupação estadunidenses”. A nota de protesto, não divulgada no Brasil, é assinada pelo presidente da entidade, jornalista Juan Carlos Camaño. Ele coloca questões importantes em pauta. Uma delas, o estabelecimento de limitações no trabalho jornalístico que levam a ocultar o real procedimento dos efetivos enviados pelo Pentágono e Casa Branca, que chegam a uns 15 mil soldados. Como se os haitianos precisassem mais de militares norte-americanos do que de médicos.

No mais, as forças conservadoras latino-americanas ganharam um aliado de peso: o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, a maior fortuna do país, que trará com ele figuras de proa do regime ditatorial que imperou no Chile de setembro de 1973 a 1989. Piñera se elegeu porque a Concertación se esgotou. No plano econômico tudo continuará como manteve a aliança de centro esquerda durante 20 anos, com o acréscimo da privatização, desejo já anunciado por Piñera, de parte da estatal de cobre, mas no plano externo, o dono da Lan Chile e controlador do Colo-Colo, o clube de futebol mais popular do país, vai se somar ao bloco de direita latino-americana pró-EUA encabeçado por Álvaro Uribe.

Piñera já deu uma pequena mostra do que vem por aí em matéria de política externa chilena ao criticar gratuitamente Hugo Chávez em sua primeira entrevista depois de eleito. Ele veio reforçar a campanha do conservadorismo latino-americano contra a opção socialista que leva adiante o governo da República Bolivariana de Venezuela. É por aí que toca a banda das oligarquias furiosas com as mudanças que estão a ocorrer no continente latino-americano.

Transcrito de forma integral de: http://www.diretodaredacao.com/site/noticias/index.php?not=4946