quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Texto de Laerte Braga sobre os 49 anos da renúncia do Presidente Jânio Quadros

A RENÚNCIA DE JÂNIO

Laerte Braga

Há quarenta e nove anos atrás Jânio Quadros renunciou a presidência da República. Sete meses após sua posse. Minutos depois da leitura da carta renúncia pelo presidente do Senado, Auro Soares de Moura Andrade (PSD/SP), já ex-presidente e ao volante de um DKW da Vemag, Jânio disse a jornalistas que nunca mais poria os pés em Brasília, “cidade maldita”. Afirmou que iria ser pedreiro em Cuba.

“Forças ocultas” foi a expressão usada por Jânio Quadros, um mato-grossense que fez carreira política em São Paulo, para justificar o ato. Em seus sete meses de governo proibiu brigas de galos, desfile de miss com biquíni e instituiu o slack como uniforme do funcionalismo público.

Deixou Douglas Dillon secretário do Tesouro dos EUA falando sozinho para encenar um show de Brasil independente e mandou que cada chefe de repartição conferisse o ponto de cada funcionário público, aumentando em meia hora o expediente.

Atribuir a renúncia de Jânio a umas doses a mais é simplificar demais o fato. As doses a mais faziam parte do dia a dia do presidente e começavam pela manhã, estendiam-se pela tarde e encerravam-se à noite, já em profunda embriaguez. Aí ia assistir a faroestes de trás para a frente.

Outro hábito de Jânio eram os famosos bilhetinhos. Enviava-os aos seus ministros com determinações curtas, tudo com cópia para a imprensa.

Jânio era marqueteiro de si próprio. Um dos grandes demagogos de nossa história. Construiu a fama de político honesto e deixou um patrimônio objeto de disputa judicial por seus herdeiros em torno de cem milhões de dólares. No exterior, lógico.

O ex-presidente acreditava que sua renúncia criaria um clima de comoção popular e voltaria ao poder nos braços do povo com amplos poderes. Poderes de ditador. Mas esqueceu de combinar o golpe com seus ministros militares e seus principais aliados. Pelo contrário, deixou alguns pelo caminho, caso de Carlos Lacerda.

Na antevéspera da renúncia chamou Lacerda a palácio, a conversa permanece mais ou menos sigilosa até hoje e ao final o ministro da Justiça, Pedroso Horta, mandou que as malas de Lacerda fossem postas à porta de saída do Planalto.

Na noite do dia seguinte Lacerda foi a tevê e em seus costumeiros e virulentos discursos usou de todo o arsenal de acusações que guardava desde os tempos de Getúlio Vargas, para ocasiões em que seus interesses eram contrariados.

No dia 24 de agosto Jânio recebeu em palácio o ministro da Indústria e Comércio de Cuba, nada mais e nada menos que Ernesto Chê Guevara para condecorá-lo com a Ordem do Cruzeiro do Sul. O fato indignou a direita brasileira.

O marechal Lott, adversário de Jânio nas eleições de 1960, passou a campanha inteira advertindo aos brasileiros que a eleição do ex-governador de São Paulo levaria o País ao caos, a uma crise institucional, cujas conseqüências seriam dias sombrios e tenebrosos.

Quase que simultaneamente à renúncia de Jânio, Lott divulgou um manifesto de apoio à legalidade, vale dizer, a posse do vice-presidente da República João Goulart.

O golpe que Jânio não combinou com ninguém, aí sim, a “mardita pinga” deve ter influenciado, começou quando sem maioria no Congresso tentou atrair uma das principais lideranças do PSD (maior bancada), o ex-presidente Tancredo Neves, oferecendo-lhe uma embaixada no exterior. A Bolívia foi a “oferta” de Jânio a Tancredo (o mineiro havia sido derrotado por Magalhães Pinto nas eleições para o governo de Minas e estava sem mandato). A surpresa veio por conta da recusa de Tancredo. Simples, respeitosa e direta. “sou de um dos partidos que fazem oposição ao seu governo, agradeço a lembrança, sinto-me honrado, mas declino do convite”. Mais ou menos assim.

O peso de Tancredo em setores do pessedismo não era maior, por exemplo, que o de José Maria de Alckmin, mas sua presença entre os petebistas, partido de Jango, era respeitada e acatada por setores expressivos daquele partido, o antigo PTB. A idéia de Jânio era neutralizar o ex-ministro da Justiça de Vargas, jogá-lo fora da arena política.

Mais à frente incumbiu o vice-presidente João Goulart, com quem vinha tendo atritos, de missão na China Comunista. O objetivo era o mesmo, afastar Jango do cenário político nacional, colocá-lo num país objeto de visceral ódio da maioria dos militares brasileiros, limpar o terreno para o golpe.

Sabia que a primeira conseqüência de sua renúncia seriam as reações de setores das forças armadas à posse de Jango, incluindo os seus três ministros militares (Odílio Dennys, Grum Moss e Sílvio Heck – Guerra, Aeronáutica e Marinha).

O problema Lacerda, na cabeça de Jânio era simples. A vocação golpista do antigo governador do extinto estado da Guanabara aflorava à sua pele em cada pronunciamento que fazia. Só não contava com a reação de Carlos Lacerda ao seu projeto de virar ditador, já que Lacerda alimentava o sonho de suceder a Jânio. Esse desejo era maior que o desvio golpista. E além do mais Lacerda enfrentava problemas nos negócios, particularmente o jornal TRIBUNA DA IMPRENSA, que pretendia transformar em algo semelhante ao que o GLOBO é hoje.

Porta voz da insensatez e da mentira. O que faz de forma bem sensata, aliás.

Jânio puxou a escada, deixou Lacerda seguro só na brocha.

Cumpriu os protocolos, digamos assim, do dia 25 de agosto, dia do Soldado, não deu na pinta que o gesto tresloucado viria uma ou duas horas depois, entregou a renúncia a Pedroso Horta, ministro da Justiça e esse ao presidente do Senado. A despeito dos apelos de Afonso Arinos, ministro das Relações Exteriores e que correu a assumir o mandato de senador para tentar evitar a renúncia, Auro Soares de Moura Andrade leu a carta e aceitou a renúncia.

Afonso Arinos queria colocar em votação e Auro foi direto depois de ouvir Tancredo. “A renúncia é um gesto de vontade unilateral, não cabe ser discutida”.

Na ausência do vice-presidente, João Goulart, em missão na China (o Brasil não tinha relações diplomáticas com o governo de Pequim e Jânio mandara Jango para iniciar um diálogo com o governo de Mao Tse Tung e Chou En Lai), o presidente da Câmara, Ranieri Mazili (PSD/SP) foi empossado no cargo.

Os três ministros militares, de pronto, se colocaram contra a posse de Jango tachando-o de comunista. Não encontraram apoio nem entre udenistas históricos caso de Adauto Lúcio Cardoso, nem em boa parte da caserna. Mas assumiram o controle do Brasil.

A reação veio do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Do antigo PTB, cunhado de Jango e que começava a despontar como liderança nacional a partir das ações de seu governo, principalmente na área da educação.

Brizola, com ele e uns poucos secretários e assessores transformou o Palácio do Piratini em centro da resistência democrática. Criou uma rede de emissoras de rádio a que chamou de CADEIA DA LEGALIDADE, usada para denunciar o golpe, defender a posse de Jango, a legalidade democrática.

Ao contrário dos ministros militares encontrou eco em todo o Brasil e em diferentes forças políticas. Teve o apoio da Brigada Militar do Rio Grande (PM), o Piratini foi pequeno para abrigar voluntários, muitos chegando de várias partes do Brasil e em meio a incertezas recebeu o apoio do comandante do III Exército, general Machado Lopes.

Lott que conclamara através de um manifesto a defesa da legalidade fora preso pelos golpistas, isso no Rio de Janeiro onde se encontrava. O marechal Nilo Sucupira foi o encarregado de prender o marechal.

Jango, estava em meio a um périplo para voltar da China ao sabor dos fatos que aconteciam no Brasil. Encarregou Tancredo Neves de negociar em seu nome. Um acordo feito com os golpistas em torno da emenda parlamentarista de Raul Pila (Partido Libertador, RS), pôs fim à crise.

Brizola aceitou a solução negociada, mas declarou-se contrário ao que chamou de “expediente golpista”. Tancredo Neves foi o primeiro-ministro indicado por Jango e Ernesto Geisel o porta-voz do vice-presidente, agora presidente, junto aos ministros militares do ex Jânio Quadros.

E se não me falha a memória, Jânio Quadros e suas esquisitices deliberadas, propositais, embarcou para a Europa num navio cargueiro, me parece que o Uruguai Star. Nos momentos seguintes à sua renúncia, na base aérea de Cumbica, em São Paulo, ao saber que o fato estava consumado, teve uma forte crise de choro.

O golpe falhara.

Um ano depois tentaria voltar ao governo de São Paulo. Foi derrotado por Ademar de Barros (a quem havia vencido em 1954). O governador Carvalho Pinto, oriundo do chamado janismo não absorvera a renúncia do seu antigo líder e um terceiro candidato, José Bonifácio, dividiu o eleitorado janista. Àquela época não havia segundo turno, uma eleição para governos estaduais ou presidente da República era decidida por maioria simples.

A renúncia de Jânio escancarou mais ainda as portas para o golpe real.

O outro golpe, o de 1964, começou em 1950, na segunda derrota do brigadeiro Eduardo Gomes (UDN). A primeira para o marechal Dutra e a segunda para Getúlio Vargas. Quase se materializou em 1954 no manifesto dos coronéis contra a presença de Jango no Ministério do Trabalho (Getúlio havia dobrado o valor do salário mínimo e nem as elites e nem militares subordinados a elas aceitaram a medida) e da crise provocada pelo assassinato do major Rubens Florentino Vaz, que na verdade foi um atentado contra Carlos Lacerda, deputado e principal líder da oposição a Getúlio.

Um inquérito que mostrou membros da guarda pessoal de Vargas envolvidos no crime deu ensejo a que militares da Aeronáutica, na chamada REPÚBLICA DO GALEÃO, pregassem abertamente o golpe. O suicídio de Vargas abortou o golpe, comoveu o país e o vice, o potiguar João Café Filho, ligado a Ademar de Barros, assumiu o governo. De cara deixou Ademar e migrou para o udenismo.

A eleição de JK por pouco não foi para o brejo na tentativa golpista abortada pelo marechal Lott, ministro da Guerra (hoje, Secretaria do Exército). Em 11 de novembro de 1955 e no governo de Juscelino, duas revoltas localizadas e levadas à frente por setores da Aeronáutica fracassaram.

Nada do que Lott dissera que aconteceria ao Brasil na hipótese da eleição de Jânio deixou de acontecer. Em 1º de abril de 1964 militares de extrema-direita, subordinados aos Estados Unidos e comandados pelo general norte-americano Vernon Walthers, derrubaram Goulart, assumiram o governo e até 1984 produziram o pior filme de terror de nossa história, real e sofrido.

A última cena ainda não foi protagonizada. A punição dos responsáveis pelo período de barbárie. Se auto anistiaram. É uma espécie de the end necessário para cicatrizar feridas abertas pela barbárie dos DOI/CODI e das OPERAÇÕES CONDOR.

Jânio conseguiu voltar à Prefeitura de São Paulo, em 1965, derrotando Fernando Henrique Cardoso.

No dia da sua posse pendurou um par de chuteiras à porta do seu gabinete anunciando que estava terminando sua carreira.

E ainda assim tentou “inovar” para melhorar o trânsito de veículos automotivos na capital paulista. Queria o patinete a motor.

Sua reputação por pouco não vai abaixo literalmente, quando sua filha quis denunciá-lo por corrupção, abusos, etc. Foi salvo por Ulisses Guimarães que preferiu não deixar a história vir a público e segurou Tutu Quadros, deputada e filha do ex.

Se a ditadura foi uma noite de horror, Jânio foi um drama lamentável com laivos de loucura consciente, se é que posso escrever assim, estudada, pensada.

Sanduíche de mortadela e um copo de pinga, os ingredientes preferidos em suas campanhas políticas, mas de público, de forma ostensiva e visível, para que todos pensassem que com o boné de motorneiro de bonde, de fato dirigia um bonde.

Descarrilou. Pior descarrilou o Brasil.

A versão atual de Jânio é também um ex-prefeito da capital de São Paulo e ex-governador do estado, José Arruda Serra.

A diferença está no fato de Arruda Serra ser abstêmio. O que conta a favor de Jânio. Como costumo sempre lembrar e como dizia o poeta Sílvio Machado, “não conheço nenhuma boa idéia surgida em leiteria”.

Um detalhe. O vice de Jânio era Milton Campos, anos luz à frente de Índio da Costa (nem deve saber quem foi Milton Campos). E antes de renunciar à presidência, Jânio renunciou à candidatura. É que a UDN havia indicado Leandro Maciel, um senador sergipano para vice. Jânio sabia que a despeito de ser um político honrado, não acrescentaria nada à sua chapa, pelo contrário, poderia complicar uma eleição fácil.

No período da ditadura militar tentou ensaiar algumas declarações contra o regime militar, acabou inovando, cumpriu a primeira pena de confinamento desde não sei quando em nossa história. Foi para Corumbá, onde ficou 45 dias por determinação do marechal Castelo Branco. Sossegou em seguida, foi cuidar de outro Sossego, esse com letra maiúscula. Uma das marcas mais famosas de pinga àquele tempo e escreveu uma gramática e uma coleção de história do Brasil, uma delas em parceria com Afonso Arinos.

Arinos recuperou-se e curou-se da doença, registre-se nos autos a bem da verdade.

E como dizia Jânio, “fi-lo porque qui-lo”.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A "impren$a burgue$a" é a mesma em qualquer lugar

Governo argentino acusa jornais de apropriação ilegal

Transcrito integralmente de http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16901

A presidente Cristina Fernández de Kirchner apresentou, na noite desta terça, um relatório de mais de 20 mil páginas acusando os donos dos principais jornais do país de envolvimento em crimes cometidos durante a ditadura. No relatório, intitulado “Papel Prensa, a Verdade”, o governo denuncia os proprietários dos jornais La Nación, Clarín e do extinto La Razón de terem se apropriado ilegalmente e mediante ameaças da maior empresa fornecedor de papel jornal do país na época da ditadura, a Papel Prensa, em novembro de 1976.

O governo argentino denunciou, na noite desta terça-feira (24), a apropriação ilegal da empresa “Papel Prensa” (maior empresa fornecedora de papel jornal do país) por parte dos jornais Clarín, La Nación e La Razón.

A presidente Cristina Fernández de Kirchner, acompanhada de todo o seu gabinete, dos presidentes de ambas as câmaras, funcionários, dirigentes políticos empresários e de representantes de organizações sociais recebeu o informe elaborado pela Comissão Oficial formada especialmente para investigar a transferência das ações da empresa do Grupo Graiver (antigo proprietário de Papel Prensa) aos proprietários dos jornais Clarín, La Nación e La Razón. Essas empresas (durante a ditadura) “necessitavam das ações classe A para assumir o controle da empresa”, fato comunicado naquela época, nos três jornais, por meio de uma nota afirmando que “tomavam o controle da empresa conforme acordo prévio com a Junta de Comandantes” da ditadura.

Cristina Fernández de Kirchner afirmou que “no caso do Clarín ocorreu a coincidência entre quem fabrica o papel e quem controla a palavra impressa”. Ela denunciou as condições políticas nas quais a transferência das ações se deu, num país em que só existia a “liberdade ambulatória”. Denunciou também que, anos depois, por causa da falência do La Razón, os jornais controladores da empresa “acordaram um pacto de sindicalização de ações”, para controlar as decisões da companhia.

Assegurou, além disso, que a viúva de David Graiver, Lidia Papaleo, foi detida cinco dias depois de ter assinado a transferência das ações da empresa do marido, para evitar que a empresa caísse na interdição dos bens da família ordenada pela Junta militar. Por último, afirmou que “apesar de que estou convencida de como as coisas aconteceram, o Procurador do Tesouro fará a denúncia correspondente para que a Justiça determine as condições nas quais se realizou a transferência das ações da empresa” e antecipou que enviará ao Congresso um projeto de lei para “declarar de interesse público a produção de pasta de celulose e do papel jornal, bem como sua distribuição e comercialização, e para estabelecer o marco regulatório deste insumo básico, que garanta um tratamento igualitário para todos os jornais da República.”

Integrante da Comissão, Alberto González Arzac afirmou que “o informe constitui uma refutação definitiva das versões sobre a história da empresa Papel Prensa S/A que os jornais Clarín e La Nación publicaram em suas edições de 2 de março e de 4 de abril deste ano.

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COMENTÁRIOS
A Cristina consegue estar a esquerda de muita gente nesse continente. Só nós ainda não revemos o Papel da Folha e da Rede Globo durante a ditadura civil-militar...

QUAL SERIA A POLÍTICA EXTERNA DE JOSÉ SERRA?

Texto de Breno Altman, transcrito integralmente de http://operamundi.uol.com.br/opiniao_ver.php?idConteudo=1224

O biombo mercadológico das campanhas eleitorais esconde, por diversas vezes, discussões importantes. Não é comum, afinal, que temas de pouco apelo popular sejam tratados com desenvoltura no horário eleitoral e nos debates entre candidatos. Um desses assuntos condenados ao desterro é a política internacional, apesar de sua relevância estratégica.

Essa agenda, até agora, não foi efetivamente abordada por nenhuma das duas candidaturas que polarizam a sucessão presidencial. Obviamente são mais fáceis de identificar opiniões da postulante governista, Dilma Roussef, pois prega abertamente a continuidade do que foi feito nos últimos oito anos. Mas o silêncio do candidato oposicionista, José Serra, obriga que se mexa nas gavetas para conhecermos seu ponto de vista.

A bem da verdade, deu declarações acidamente críticas contra o Mercosul, insinuou o comprometimento do governo boliviano com o narcotráfico e entrou na onda de relacionar o PT com a guerrilha colombiana. Não há nessas diatribes, porém, idéias consistentes. Talvez o melhor caminho para encontrá-las seja realizar o diagnóstico da política internacional seguida por Fernando Henrique Cardoso, da qual Serra é herdeiro natural.

A coluna vertebral da orientação cumprida pelo Itamaraty entre 1995-2002 está em antigo raciocínio do então presidente. Para ele, o desenvolvimento da economia brasileira somente poderia ocorrer sob a égide da dependência, através da associação com os grandes centros capitalistas. Sem essa aliança subalterna, escreveu o renomado sociólogo, não seria possível obter os fluxos de investimento e comércio necessários à modernização nacional.

Trata-se de profunda injustiça acusar o ex-mandatário de ter rasgado o que, no passado, havia escrito, pois executou sua concepção ao pé da letra. Não aderiu às chamadas práticas neoliberais pela via conservadora, mas como conseqüência de suas próprias pesquisas. O pensamento de FHC levou ao amálgama entre o partido dos tucanos e setores da direita tradicional, cujos reflexos se manifestaram tanto na economia quanto na política externa.

A atração de investimentos externos, nesse modelo, pressupunha ousado programa de desregulamentações, privatizações e desnacionalizações. Os ativos brasileiros, estatais e privados, além das taxas de juros oferecidas pelos títulos públicos, deveriam ser os instrumentos fundamentais de sedução ao capital estrangeiro. O Estado deveria, por fim, se resumir ao papel de comitê gestor desses negócios, nos quais aos empresários brasileiros seria oferecida a perspectiva de progredir como sócios minoritários da globalização.

Esse desenho econômico exigia ações correspondentes no plano internacional. A diplomacia deveria estar focada no estreitamento das relações com os chamados países desenvolvidos, especialmente Estados Unidos e União Européia, reduzindo ao máximo possível todas as arestas e conflitos que atrapalhassem a importação de capitais e a ampliação de crédito juntos às principais instituições financeiras mundiais.

Tal concepção, que situava o motor do desenvolvimento fora das fronteiras nacionais, tampouco era amigável a políticas de integração regional ou de relação com o hemisfério sul. A América Latina e a África, por exemplo, eram vistas apenas como espaços comerciais que poderiam ser ocupados se os fluxos mundiais robustecessem as empresas brasileiras. No máximo, regiões para onde poderiam ser exportados capitais excedentes das grandes companhias.

O objeto do desejo de FHC era a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), idealizada pelo governo Clinton em 1994. Correspondia à arquitetura perfeita para sua doutrina: os setores mais frágeis da economia nacional seriam abertos ao capital norte-americano, incluindo os serviços públicos, para que os segmentos mais fortes (particularmente o agronegócio) pudessem ter acesso desimpedido ao ambicionado mercado dos Estados Unidos.

A busca pela simpatia das potências ao norte levou à renúncia de compromissos históricos. O Brasil passou a flertar com o sionismo no Oriente Médio. A aceitar a utilização do tema de direitos humanos para marginalizar países que confrontassem a Casa Branca. A ser omisso diante de agressões militares contra nações, como a antiga Iugoslávia e o Iraque, que se rebelassem contra a ordem mundial fixada após o colapso da União Soviética.

Essa política internacional foi interrompida com a eleição de Lula, cristalizando aquela que talvez seja a maior mudança que o novo governo promoveu em relação ao anterior. Trata-se de hipótese razoável imaginar que Serra, eleito, promoveria o retorno aos velhos preceitos. Claro que poderia efetivar algumas adaptações, já que não estamos no mesmo mundo dos anos noventa. O naufrágio da Alca, por exemplo, parece irrevogável: mais simples seria o eventual presidente tucano buscar um tratado direto com Washington.

Mas dificilmente a lógica de sua política externa escaparia de uma volta ao passado, com danos para a integração da América Latina e benefícios para a estratégia norte-americana na região. A trajetória histórica é suficiente para se afirmar que o Brasil dos planos de Serra possivelmente abdicaria de pretensões autonomistas, para se reinserir como sócio menor do campo hegemônico. Mesmo que, por ora, o candidato mantenha sua posição protegida pelo silêncio eleitoral.

MAIS UMA VITÓRIA DA COREIA POPULAR E REVOLUCIONÁRIA CONTRA A MANIPULAÇÃO BURGUESA

25/08/2010 11h40 - Atualizado em 25/08/2010 11h40

Fifa arquiva investigação sobre maus tratos ao técnico da Coreia do Norte


Imprensa asiática noticiou que Kim Jong-Hun teve de fazer trabalhos forçados após a Copa, mas entidade não encontrou qualquer prova


Por GLOBOESPORTE.COM Zurique, Suíça
Transcrito integralmente de http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2010/08/fifa-arquiva-investigacao-sobre-maus-tratos-ao-tecnico-da-coreia-do-norte.html

A Fifa anunciou nesta quarta-feira que arquivou a investigação que fazia sobre supostos maus tratos sofridos por técnico e jogadores da Coreia do Norte após a eliminação na Copa do Mundo. A denúncia surgiu na imprensa asiática, mas a entidade máxima do futebol não encontrou qualquer prova ao longo de sua investigação.

"A federação norte-coreana assegura que o técnico e todos os outros membros da equipe nacional estão treinando normalmente. A associação também indicou que não houve sanções ao treinador e que essas informações são infundadas. Com todas essas informações na mão, e tendo checado todas as fontes, a Fifa decidiu encerrar o caso", diz o comunicado emitido pela entidade.

Segundo a denúncia da imprensa, jogadores e a comissão técnica da Coreia do Norte foram sabatinados por 400 pessoas quando voltaram ao país, após perderem seus três jogos na Copa do Mundo. O técnico Kim Jong-Hun teria sido demitido e enviado para fazer trabalhos forçados. Nada disso foi comprovado.

A Coreia do Norte perdeu para Brasil (2 a 1), Portugal (7 a 0) e Costa do Marfim (3 a 0) na Copa da África do Sul.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PROFESSOR AURÉLIO FERNANDES MOSTRA O LEGADO DA CARTA-TESTAMENTO PARA AS LUTAS DO POVO BRASILEIRO

O legado da Carta Testamento e a luta pelo socialismo do século XXI
Aurélio Fernandes*

De 1930 a 1964 a cena política brasileira foi dominada pelo embate sobre os rumos que o Brasil deveria tomar enquanto nação para tornar-se um país desenvolvido.

De 30 a 54 a figura política de Vargas aglutinou um campo político que defendia a necessidade de um projeto de nação brasileira baseado na independência política e econômica e com um caráter nacionalista burguês. Porém, com o desenrolar da luta política e principalmente após o suicídio de Getulio e a divulgação da Carta Testamento, esse campo modifica sua composição social e vai paulatinamente assumindo a necessidade de um desenvolvimento voltado para as maiorias, socializante e com um caráter nacionalista revolucionário.

Contrapondo-se a esse projeto, conformou-se um campo que inicialmente defendia o retorno ao poder político das oligarquias agro-exportadoras afastadas na chamada Revolução de 30 que, com o passar da luta política, também modifica sua composição e caminha para a defesa de um desenvolvimento associado e dependente do capital internacional, notadamente estadunidense.

Apesar da política brasileira nesse período não se resumir a esses dois campos, a luta política entre seus projetos históricos tendeu a uma radicalização que polarizou a sociedade brasileira.

Getulio foi a principal liderança pela implantação desse projeto de nação de caráter nacionalista burguês que visava conciliar os interesses do capital industrial e do trabalho para enfrentar a poderosa burguesia agro-exportadora aliada ao imperialismo. Setores poderosos que não perderam oportunidades de tentar retomar seus espaços políticos em vários momentos, como em 32 em São Paulo, nas eleições que ocorreriam em 37, no golpe que derruba Getulio em 45, nas eleições deste mesmo ano e na tentativa de golpe em 54, que foi impedido pelas manifestações populares após o suicídio de Getulio.

Paralelamente a esse enfrentamento, agudiza-se no campo político getulista as contradições inconciliáveis entre os interesses do capital industrial e dos trabalhadores. A maior parte da burguesia industrial, que via com desconfiança a política e a legislação trabalhista defendida por Vargas, começa a ceder aos “encantos” econômicos do projeto de desenvolvimento associado e dependente ao capital internacional. Essas contradições se refletem na conjuntura de 1945, onde as forças que apoiavam Getulio não conseguem se unificar em uma única organização política, surgindo a partir dessa realidade o PSD e o PTB.

Após o desastroso governo entreguista e antipopular de Dutra, Getulio, que inicialmente havia se filiado ao PSD, ganha as eleições de 1950, como candidato do PTB e com o apoio das massas trabalhadoras que se debatiam em meio à miséria e a falta de perspectivas.

Com o objetivo de dar continuidade ao projeto histórico interrompido em 45, seu governo retoma e cria mecanismos, como o seguro agrário, o IBC (Instituto Brasileiro do Café), o Banco do Nordeste, a CACEX (carteira de comércio exterior) do Banco do Brasil e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) para incrementar uma política de estimulo às indústrias de base e a elevação da poupança interna.

Várias leis são sancionadas: lei sobre restrição da remessa de lucros das empresas estrangeiras para o exterior, a lei sobre crimes contra a economia popular, a lei que cria o monopólio estatal do petróleo através da Petrobrás e ainda é tentada a criação da Eletrobrás.

Após uma série de greves e mobilizações dos trabalhadores, o poder aquisitivo destes é garantido em face da inflação através de diferentes políticas sociais e do reajuste do salário mínimo de 100% proposto por João Goulart durante sua gestão no Ministério do Trabalho. Jango encaminhou a proposta mesmo sabendo que isso custaria o próprio cargo. Desde quando assumiu o Ministério sua prática de negociar e se antecipar às demandas dos trabalhadores, forçando, muitas vezes, os empregadores a fazer concessões, foi freqüentemente vista e denunciada pela oposição como uma maneira de "pregar a luta de classes".

Assim, Jango não era o ministro do Trabalho, mas o ministro dos trabalhadores. Para a oposição anti varguista Jango era um "manipulador da classe operária", "um estimulador de greves", "um amigo dos comunistas", que tinha como plano a implantação, com o assentimento de Vargas, de uma "república sindicalista" no Brasil.

Além de tudo isso, o governo Vargas participa de uma tentativa de retomar o Tratado do ABC, assinado em 1910 entre Brasil, Argentina e Chile, com o objetivo de buscar alternativas à condição de exportadores de matérias-primas e alimentos, apontando para a necessidade de uma maior integração latino-americana, com o intuito de fazer frente à hegemonia do imperialismo estadunidense na América Latina. Nas conversações mantidas com Perón, Vargas afirma que “Nossa Pátria é a América.”

Com a retomada de seu projeto, além da radicalização do campo opositor - hegemonizado pela burguesia agro-exportadora e cada vez mais aliado ao imperialismo americano - acirram-se as contradições com a maior parte da burguesia industrial, já seduzida pela lógica do capitalismo dependente. Em agosto de 54, Getulio está isolado politicamente, pois as massas trabalhadoras estavam atônitas e desnorteadas perante o ataque brutal da oposição ao seu governo, apoiado nos grandes meios de comunicação de massa.

Prestes a sofrer um golpe, Getulio suicida-se.

O suicídio não obedece a uma lógica de desespero, mas reflete o ato de uma liderança política consciente do momento histórico, de seu papel junto às massas trabalhadoras e do seu projeto histórico. Getulio constata o esgotamento da possibilidade de dar continuidade ao seu projeto nacionalista burguês, baseado na política de conciliação entre capital industrial e trabalho, em plena consolidação do imperialismo estadunidense na América Latina.

Com a divulgação da Carta Testamento, Getúlio entra para a história protagonizando o ato fundador de uma nova continuidade de seu projeto de nação em uma lógica antiimperialista e popular, que vai pautar uma reaproximação pela base de trabalhistas, socialistas e comunistas na década seguinte, dando conteúdo ao crescimento vertiginoso do PTB e de suas frações pela esquerda a partir da mobilização popular pela Legalidade e da ascensão da organização popular nas lutas pelas reformas de base no inicio da década de 60.

Em 64, a contra-revolução das classes dominantes aliadas ao imperialismo impediu que o povo trabalhador avançasse em sua revolução democrática rumo ao socialismo. Após a ditadura, nenhum dos governos eleitos ousou sequer questionar a lógica do desenvolvimento associado e dependente do capital internacional imposta à nação brasileira pelas burguesias agro-exportadora e industrial associadas ao imperialismo desde o golpe militar.

Hoje, passados 56 anos, a denúncia e o chamamento à luta da Carta Testamento continuam atuais e são um legado às forças antiimperialistas, populares e classistas.

Devem ser considerados como um chamado para que essas forças tenham a clareza e a coragem necessárias para romper com a falsa polarização petucana e retomar o fio da história das lutas do povo trabalhador, cortado pela contra-revolução de 64.

Um chamamento para que assumam claramente a retomada de um projeto popular de nação baseado na independência política e econômica e na libertação nacional e social de nosso país como um caminho brasileiro para o socialismo do século XXI.

Aurelio Fernandes é Brizolista, Bolivariano, Guevarista e Comunista... Sempre patriota, humanista e revolucionário. 49 anos, licenciado em História pela UERJ com especialização em História do Brasil e Educação a Distância. Professor de História da Rede Pública Estadual. Faz parte da coordenação nacional do Movimento Revolucionário Nacionalista – Círculos Bolivarianos/MORENA-CB. Assessor da FAFERJ, dirigente do MTST e da Central Sindical e Popular - Conlutas.

GETÚLIO VARGAS - 56 ANOS DEPOIS


Hoje é 24 de agosto, dia de se lembrar de um dos maiores nacionalistas da nossa história. Após 56 anos, precisamos continuar lembrando daquele que criou a moderna Nação brasileira e que deu sua vida para evitar (ou adiar por 10 anos) a entrega do patrimônio nacional aos interesses estrangeiros.

O BLOG DO CAHIS publica a Carta Testamento de Getúlio Vargas, para manter viva a memória do grande presidente e do trabalhismo enquanto opção pelo nacionalismo.

Carta Testamento

"Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.

Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao Governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.

Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores de trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançaram até 500% ao ano. Na declaração de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação.

Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate.

Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história"

Getúlio Vargas

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NESTA TERÇA-FEIRA TEM DEBATE PROMOVIDO PELO CAHIS

DEBATE: O ENSINO DE HISTÓRIA E SUA IDEOLOGIA

As historiadoras Helena Araújo e Sônia Wanderley, ambas professoras do Colégio de Aplicação da UERJ, discutirão sobre a necessidade de um pensamento crítico no ensino de História.

Por que o ensino de História não pensa o Brasil de forma crítica? Como levar essa discussão para a sala de aula?

Participe de mais esse evento do CAHIS valendo certificado

TERÇA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2010, 10H30, RAV-94

Realização
CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA
Gestão "FILHOS DA PÚBLICA IV"

ENEH 2010 - ÚLTIMOS INSCRITOS

Acabou hoje às 12h o prazo determinado pelo CAHIS para envio do comprovante de inscrição dos alunos que preencheriam as vagas livres do ônibus.

Confirmaram sua participação no ENEH os seguintes alunos:
Natália de Oliveira Brites Gomes
Fernando de Almeida Magalhães
Fernanda Soares Corecha
Anderson Andrighi
Igor Juliano Mendonça de Andrade
Evelyn Nascimento Sobrinho

Assim fechamos a lista dos alunos da delegação da UERJ/Maracanã no Encontro Nacional dos Estudantes de História.

Acompanhe o BLOG DO CAHIS, que continuará trazendo informações importantes sobre o ENEH.

CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA
Gestão "FILHOS DA PÚBLICA IV"

sábado, 21 de agosto de 2010

Mais um evento do CAHIS valendo certificado


RETIFICANDO O ERRO DO CARTAZ: 24/08/2010 É A PRÓXIMA TERÇA-FEIRA.
O DEBATE SERÁ REALIZADO TERÇA-FEIRA, 24/08/2010, 10H30 NA RAV 94.

Ex-soldado israelense diz que teria o prazer de matar árabes

Transcrito integralmente de http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4631718-EI308,00-Exsoldado+israelense+diz+que+teria+o+prazer+de+matar+arabes.html

Jerusalém (Israel) - Eden Abergil, a ex-sargento israelense que publicou no Facebook fotos humilhantes de palestinos, afirmou nesta quinta-feira em sua conta nessa rede social que "gostaria de matar árabes, inclusive despedaçá-los".

Longe de se retratar após a polêmica gerada pela difusão das fotos, nas quais posa sorridente ao lado de palestinos algemados e com os olhos vendados, Abergil diz que "não se arrepende" e que "na guerra, não há regras", informa a edição digital do diário israelense Yedioth Ahronoth. "Odeio os árabes, desejo-lhes todo o pior", disse a ex-militar, que provocou críticas dentro e fora de Israel pela frieza e insensibilidade de suas fotos.

Na rede social, a israelense ganhou simpatizantes, que criaram comunidades de apoio a ela. Mas também houve críticos, que fizeram o mesmo. A exibição das fotos da ex-soldadofoi duramente criticada pelo Exército israelense que, segundo ela mesma, tomou a decisão de degradá-la e não chamá-la a servir na reserva.

Os militares asseguram que este comportamento é um caso isolado e que "não representa os valores do Exército de Israel". No entanto, a ONG israelense Shovrim Shtika (Rompendo o Silêncio), integrada por soldados israelenses na ativa e aposentados, divulgou na terça-feira fotografias de outros militares retratando-se com detidos ou mortos palestinos para ressaltar que não se trata de uma exceção, mas de algo comum entre os que servem nos territórios palestinos. "Muita gente tem milhares de fotos, mas só uma pequena parte aparece publicada. Transformamos Eden (Abergil) em bode expiatório, quando o que deveríamos fazer é lidar com a regra", declarou à agência Efe Yehuda Shaul, diretor da organização.

As informações são da EFE

Fidel chama educação nos EUA de 'deformada' e 'prostituída'

Transcrito integralmente de http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4632980-EI8140,00-Fidel+chama+educacao+nos+EUA+de+deformada+e+prostituida.html


Havana (Cuba) - O ex-presidente de Cuba Fidel Castro qualificou nesta quinta-feira de "deformada" e "prostituída" a educação nos Estados Unidos, em um novo artigo de sua série "Reflexões" divulgado nesta quinta-feira no site oficial "Cubadebate".

Fidel faz eco a um estudo publicado pela Universidade de Beloit (Wisconsin, EUA), que afirma, entre outras considerações, que os jovens que devem se formar em universidades americanas em 2014 não usam relógio porque consultam a hora em seus telefones celulares, acham que Beethoven é um cachorro e Miguel Ángel um vírus de computador.

"Dá um frio na barriga quando se vê até que ponto a educação pode ser deformada e prostituída, em um país que conta com mais de 8 mil armas nucleares e os mais poderosos meios de guerra no mundo", assinala o líder cubano em sua nova coluna intitulada "Por acaso exagero?".

"E pensar que ainda há pessoas capazes de dizer que minhas advertências são exageradas!", acrescenta Fidel, que completou 84 anos no dia 13 de agosto.

O comandante reapareceu na cena pública no princípio de julho após quatro anos convalescente pela doença que em 2006 o obrigou a delegar a Presidência de Cuba a seu irmão Raúl, que foi ratificado no cargo em fevereiro de 2008.

Desde seu retorno, o tema recorrente de suas aparições públicas, intervenções e colunas foi advertir da iminência de uma guerra nuclear derivada de um eventual ataque dos Estados Unidos ao Irã.

Fidel também propôs uma espécie de mobilização internacional para tentar convencer o presidente americano, Barack Obama, a não entrar em guerra com o Irã e evitar assim uma hecatombe atômica que, na sua opinião, ameaça o planeta.

Apesar de ter deixado a presidência, o líder continua sendo o primeiro-secretário do governante Partido Comunista de Cuba.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

XXX ENEH - LISTA FINAL

Eis os alunos que confirmaram presença no Encontro Nacional dos Estudantes de História até o final do prazo apresentado pelo CAHIS, 20 de agosto de 2010.

1-LÍGIA LINS SILVA
2-GABRIEL PINHEIRO DE SIQUEIRA GOMES
3-PEDRO GUIMARÃES PIMENTEL
4-GÉRSON SAMPAIO LISBOA
5-MARLON LUIZ BORGES DA SILVA
6-DIANA DE SOUSA DA SILVA
7-BRUNO PERES LIMA
8-GIAN LUIGI TOSCANO MACHADO
9-RONNY DE SOUZA LIMA
10-YURI GONÇALVES DA SILVA
11-ALINE DE SOUZA SANTOS
12-YURI VARELA LUZ
13-ALERY CARNEIRO CORREA
14-VINÍCIUS FRANCISCO RIBEIRO
15-NATÁLIA AUGUSTA FONTES DE CARVALHO RIBEIRO RODRIGUES
16-EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA
17-PAULA SPERNAU
18-LUANA DE OLIVEIRA FERREIRA
19-FERNANDO GUIMARÃES PIMENTEL
20-JORGE HENRIQUE ALMEIDA DE JESUS
21-MICHELLE CARVALHO XAVIER DE SOUZA
22-CÉSAR ALVES DA SILVA FILHO
23-ESTEVAN FRANCO MAGALHÃES RAIA DE OLIVEIRA
24-MONIQUELE SILVA DE ARAÚJO
25-BRUNO BAPTISTA ALBINO LARA DE LIMA
26-RENATA GOMES DA SILVA
27-JONATHAN OLIVEIRA RAIMUNDO

O CAHIS conseguiu junto à DAF, Diretoria de Administração Financeira da UERJ, um ônibus semi-leito para maior conforto aos alunos. Porém, esse ônibus tem apenas 40 lugares. Como até hoje 27 pessoas confirmaram presença, garantimos a vaga dos alunos que nos enviaram o comprovante de inscrição.


SE VOCÊ NÃO SE INSCREVEU, AINDA HÁ CHANCE

Ainda restam 13 vagas no ônibus. Interessados em ir ao ENEH entrem em contato com o CAHIS. ESSES INTERESSADOS NÃO PRECISAM ESTAR NA LISTA DE ESPERA. Se você está ou não na lista de espera e deseja ir ao ENEH, escreva para cahisuerj@hotmail.com. Caso tenha vaga, responderemos em seguida, para que você possa se inscrever no evento. A partir do depósito, envie seu comprovante até segunda-feira, 23/08/2010, 12h. O PRAZO NÃO SERÁ PRORROGADO.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

ATUALIZAÇÕES NA LISTA DO ENEH

LISTA FINAL, ATUALIZADA NA NOITE DE 20 DE AGOSTO DE 2010, FINAL DO PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DO COMPROVANTE DE PAGAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ENEH.


Para outras informações confira a comunidade do CAHIS no Orkut e as postagens:



XXX ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - FORTALEZA 2010





Pré-ENEH - 2° encontro 16/08 & Regulamento Final


Mais uma vez lembramos que É DE TOTAL RESPONSABILIDADE DO ALUNO CONFIRMAR SUA IDA OU NÃO DENTRO DO PRAZO, E ACOMPANHAR O ANDAMENTO DA LISTA DE ESPERA. À MEDIDA QUE A LISTA DE ESPERA ANDAR, O CAHIS DIVULGARÁ NOS SEUS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO - BLOG, ORKUT E CORREIO ELETRÔNICO. Para qualquer esclarecimento, procure um membro da Gestão. Para inscrição e outras informações sobre o XXX ENEH 2010, acesse . Quando enviar o comprovante de pagamento para a organização do ENEH, mande com cópia para ATÉ SEXTA-FEIRA, 20/08/2010. Ele será a confirmação de sua vaga na delegação.

LISTA DO ÔNIBUS
1-LÍGIA LINS SILVA (confirmada)
2-GABRIEL PINHEIRO DE SIQUEIRA GOMES (confirmado)
3-PEDRO GUIMARÃES PIMENTEL (confirmado)
4-GÉRSON SAMPAIO LISBOA (confirmado)
5-MARLON LUIZ BORGES DA SILVA (confirmado)
6-DIANA DE SOUSA DA SILVA (confirmada)
7-BRUNO PERES LIMA (confirmado)
8-GIAN LUIGI TOSCANO MACHADO (confirmado)
9-RONNY DE SOUZA LIMA (confirmado)
10-YURI GONÇALVES DA SILVA (confirmado)
11-JONATHAN OLIVEIRA RAIMUNDO (confirmado)
12-ALINE DE SOUZA SANTOS (confirmada)
13-YURI VARELA LUZ (confirmado)
14-VIVIANE PALMEIRA BERTO
15-ALERY CARNEIRO CORREA (confirmada)
16-ANDERSON ANDRIGHI
17-VINÍCIUS FRANCISCO RIBEIRO (confirmado)
18-PRISCILLA MALTA CORDEIRO
19-NATÁLIA AUGUSTA FONTES DE CARVALHO RIBEIRO RODRIGUES (confirmada)
20-EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA (confirmado)
21-PAULA SPERNAU (confirmada)
22-LUANA DE OLIVEIRA FERREIRA (confirmada)
23-ANDRÉ PRUDENTE DE MORAIS
24-VIVIANE FERNANDES SILVA
25-FERNANDO GUIMARÃES PIMENTEL (confirmado)
26-EVELYN OLIVEIRA MERLO
27-JORGE HENRIQUE ALMEIDA DE JESUS (confirmado)
28-MICHELLE CARVALHO XAVIER DE SOUZA (confirmada)
29-CÉSAR ALVES DA SILVA FILHO (confirmado)
30-MICHAEL JUNIOR QUEIROZ DE OLIVEIRA
31-ALEXANDER DA SILVA VIEIRA
32-ESTEVAN FRANCO MAGALHÃES RAIA DE OLIVEIRA (confirmado)
33-HUGO DANTE CYRO MACEDO MULLER
34-MONIQUELE SILVA DE ARAÚJO (confirmada)
35-BRUNO BAPTISTA ALBINO LARA DE LIMA (confirmado)
36-RENATA GOMES DA SILVA (confirmada)
37-RAFAEL SILVA LEMOS
38-JOSIANE DO CARMO DE OLIVEIRA
Alunos egressos da fila de espera que se incluem na lista do ônibus na vaga dos desistentes
39-FLÁVIA DO NASCIMENTO DA SILVA
40-GILBERTO DE BORJA REIS JÚNIOR
41-CAROLINA VALENTE DE LIMA
42-CRISTIANE F. DE LIMA
43-GUILHERME ESTEVES GALVÃO LOPES
44-GISELE P. KRAUSS

LISTA DE ESPERA
1-FELIPE AUGUSTO DA FONSECA RIBEIRO
2-LUCIANA NERY DOS SANTOS
3-ÉLIDA SANTOS FERREIRA
4-CLÁUDIO DA ROCHA SANTOS
5-EDILENE SILVA ANTONIO
6-GISELLE LEITE NASCIMENTO
7-EDSON SILVA DE LIMA
8-LUIZ CLÁUDIO CARDOSO DE FREITAS
9-STEFÂNIA MACENA WOLFF
10-ÂNGELA DE LIMA PEREIRA
11-CAROLINE THORPE SANTOS
12-PEDRO HENRIQUE RODRIGUES TORRES
13-RENATA DA SILVA CAVALCANTI
14-EVELYN SOBRINHO


XXX ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE HISTÓRIA - FORTALEZA

LISTA PARA O ENEH

Ao final do Pre-ENEH, o CAHIS divulga a lista inicial dos alunos que terão vaga na delegação da UERJ Campus Maracanã para o ENEH 2010. Foi respeitada a ordem de prioridade para os alunos que apresentarão trabalhos, seguidos dos que foram aos dois eventos do Pre-ENEH. Ao todo, 39 alunos terão prioridade. Para completar as 44 vagas do ônibus, foram sorteados outros 5 alunos, que foram somente a um dos dias de Pre-ENEH. Confira os nomes:

Apresentação de projeto
1-LÍGIA LINS SILVA (confirmada)
Coordenação da delegação UERJ/Maracanã
2-GABRIEL PINHEIRO DE SIQUEIRA GOMES (confirmado)
3-PEDRO GUIMARÃES PIMENTEL (confirmado)
Alunos presentes aos dois eventos do Pre-ENEH
4-GÉRSON SAMPAIO LISBOA
5-MARLON LUIZ BORGES DA SILVA
6-DIANA DE SOUSA DA SILVA (confirmada)
7-BRUNO PERES LIMA (confirmado)
8-GIAN LUIGI TOSCANO MACHADO
9-RONNY DE SOUZA LIMA
10-YURI GONÇALVES DA SILVA
11-JONATHAN OLIVEIRA RAIMUNDO
12-ALINE DE SOUZA SANTOS
13-YURI VARELA LUZ
14-VIVIANE PALMEIRA BERTO
15-ALERY CARNEIRO CORREA
16-ANDERSON ANDRIGHI
17-VINÍCIUS FRANCISCO RIBEIRÃO
18-PRISCILLA MALTA CORDEIRO
19-NATÁLIA AUGUSTA FONTES DE CARVALHO RIBEIRO RODRIGUES (confirmada)
20-EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA
21-PAULA SPERNAU
22-THIAGO J.DE PAZ ÂNGELO
23-JEFFERSON ÊNIO P. CLARINDO
24-LUANA DE OLIVEIRA FERREIRA
25-ANDRÉ PRUDENTE DE MORAIS
26-VIVIANE FERNANDES SILVA
27-FERNANDO GUIMARÃES PIMENTEL
28-EVELYN OLIVEIRA MERLO
29-JORGE HENRIQUE ALMEIDA DE JESUS
30-MICHELLE CARVALHO XAVIER DE SOUZA
31-CÉSAR ALVES DA SILVA FILHO
32-MICHAEL JUNIOR QUEIROZ DE OLIVEIRA
33-ALEXANDER DA SILVA VIEIRA
34-ESTEVAN FRANCO MAGALHÃES RAIA DE OLIVEIRA
35-ANDRÉ DA ROCHA B. FERNANDES
36-HUGO DANTE CYRO MACEDO MULLER
37-BENJAMIM DA SILVA ANDRADE FILHO
38-MONIQUELE SILVA DE ARAÚJO
39-BRUNO BAPTISTA ALBINO LARA DE LIMA
Alunos que foram somente a um dos eventos do Pre-ENEH e foram sorteados em 16/08/2010
40-RENATA GOMES DA SILVA
41-AMANDA DE ASSIS
42-RAFAEL BIZERA DA SILVA
43-RAFAEL SILVA LEMOS
44-JOSIANE DO CARMO DE OLIVEIRA

A presença desses alunos no ônibus para Fortaleza será confirmada somente quando a inscrição para o ENEH for efetivada e o comprovante de depósito para o pagamento da inscrição for mandado "escaneado" para cahisuerj@hotmail.com. Caso você esteja nessa lista e desistir da participação do ENEH, nos comunique o mais rapidamente possível para abrir vaga na lista final de espera. ENVIE SEU COMPROVANTE DE DEPÓSITO ATÉ SEXTA-FEIRA 20 DE AGOSTO DE 2010.

ENEH - LISTA FINAL DE ESPERA

Caso algum aluno desista da viagem, as vagas serão ocupadas por quem foi a somente um dos eventos, nomes que compõem a LISTA FINAL DE ESPERA. Essa lista respeitará a ordem a seguir:
1-FLÁVIA DO NASCIMENTO DA SILVA
2-GILBERTO DE BORJA REIS JÚNIOR
3-CAROLINA VALENTE DE LIMA
4-CRISTIANE F. DE LIMA
5-GUILHERME ESTEVES GALVÃO LOPES
6-GISELE P. KRAUSS
7-FELIPE AUGUSTO DA FONSECA RIBEIRO
8-LUCIANA NERY DOS SANTOS
9-ÉLIDA SANTOS FERREIRA
10-CLÁUDIO DA ROCHA SANTOS
11-MAYCON DA SILVA TANNIS
12-EDILENE SILVA ANTONIO
13-GISELLE LEITE NASCIMENTO
14-EDSON SILVA DE LIMA
15-LUIZ CLÁUDIO CARDOSO DE FREITAS
16-STEFÂNIA MACENA WOLFF
17-ÂNGELA DE LIMA PEREIRA
18-CAROLINE THORPE SANTOS
19-PEDRO HENRIQUE RODRIGUES TORRES
20-RENATA DA SILVA CAVALCANTI

É DE TOTAL RESPONSABILIDADE DO ALUNO CONFIRMAR SUA IDA OU NÃO DENTRO DO PRAZO, E ACOMPANHAR O ANDAMENTO DA LISTA DE ESPERA. À MEDIDA QUE A LISTA DE ESPERA ANDAR, O CAHIS DIVULGARÁ NOS SEUS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO - BLOG, ORKUT E CORREIO ELETRÔNICO.

Para qualquer esclarecimento, procure um membro da Gestão.

Para inscrição e outras informações sobre o XXX ENEH 2010, acesse http://www.eneh2010.com.br/

sábado, 14 de agosto de 2010

Vagas e horários das Eletivas e Estágios do CAP!

Aqueles que não foram aceitos em Estágios ou Eletivas do CAP devem procurar a professora Sônia Wanderley e confirmar interesse na matéria, pois ele abrirão vagas nominais. (Até 8 de setembro)

--//--

Sobre a confusão dos horários, a professora Sônia Esclareceu o seguinte:

Diante da confusão que se estabeleceu quanto aos horários da
disciplina Estágio II, confirmo que os horários estabelecidos no
sistema pelo CAp e entregues ao professor Leandro, regente da
disciplina em 2010.2, são os seguintes:
Turma manhã: 4ª feira - M1 e M2 (Uerj) e T2 e T3 (CAp)
Turma noite: 5ª feira - N5 e N6 (Uerj) e 4ª feira - T4 e T5 (CAp).

Conversei com o Leandro e ele confirmou que esteve a noite de ontem na
Uerj e deu aula normalmente para alunos inscritos no horário acima
para a noite. Então o problema está apenas na turma da manhã.

bjs

Sônia

--//--

Qualquer dúvida escrevam nesse tópico ou em cahisuerj@hotmail.com.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Seminário Prisioneiros das Drogas FACHA/EMERJ 18 e 19 de agosto




As Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) com o patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) realizam nos dias 18 e 19 de agosto, das 9h30 às 17h, o Seminário Prisioneiros das Drogas, em parceria com a Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). e com o Núcleo de Controle de Presos (NUCOP/POLINTER) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

O evento, coordenado pelos professores Oswaldo Munteal e Maria Paulina Gomestem como objetivo principal despertar na sociedade um momento de reflexão sobre as conseqüências do uso de drogas na juventude carioca e seus desdobramentos no cotidiano da vida em sociedade. O encontro acontecerá no auditório da EMERJ, localizado no centro da cidade.

Estarão presentes o Professor Hélio Alonso (Diretor da Facha), e Rui Garcia Marques (Diretor-Presidente da FAPERJ), o Desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos (Diretor-Geral da EMERJ), o Deputado Federal Alexandre Cardoso, do Desembargador Luis Fernando Ribeiro de Carvalho (coordenado do curso de Direito da Facha), além de outras autoridades públicas, acadêmicos, médicos, policiais, advogados etc. O seminário é gratuito e emite certificado aos participantes.


Inscrições pelo site: www.prisioneirodasdrogas.com.br

SERVIÇO

Evento: Seminário Prisioneiro das Drogas

Local: Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ)

Endereço: Avenida Erasmo Braga, n° 115/4º andar - Centro.

Data: 18 e 19 de agosto de 2010

Horário: Das 9h30min às 17h

Mais Informações:

Renata Bastos - Assessoria de Imprensa

Email: assessoria@prisioneirosdasdrogas.org

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Paulo Henrique Amorim fala de José Serra

POR QUE O SERRA CHORA TANTO?
PORQUE O LULA IMPLODIU O PSDB
07/08/2010 14:08:05 - Opinião Online
Extraído do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim

Vamos supor, amigo navegante, que o debate da Band tivesse "bombado de audiência". O que, com a Band, é um oximoro.
Vamos supor que o Serra tivesse sido "brilhante", aquele adjetivo que o Fernando Henrique prefere dedicar ao Daniel Dantas.
E daí, amigo navegante, o que teria acontecido? Nada.
O que o Serra defendeu? O reforço às APAES. Tapar os buracos da Fernão Dias (por que ele, como o Grande Planejador do Governo do Farol, não fez isso?).
O mutirão da saúde, como se o Brasil tivesse sido atingido pelo terremoto do Haiti.
A Abertura dos Portos, em homenagem ao Visconde de Cayru.
Conceder prioridade ao Intestino (não se sabe se ao Grosso ou ao Delgado, mas o Intestino, com certeza, é prioritário).
Como diz o Cesar Maia, grande aliado dos tucanos no Rio, o fornecedor do Índio à chapa do Serra, como diz o Cesar Maia, o problema do Serra é que ele "não tem tema". O Serra não tem o que defender.
Mas, amigo navegante, vamos perguntar aos nossos botões. O que o Serra já defendeu na vida dele? Qual foi o "tema" da vida dele? A única coisa que se sabe que ele defendeu, de fato, com veemência, foram as Reformas de Base, no Comício da Central, ao lado do Jango. De lá para cá, como deputado, senador, ministro, prefeito (mandato que ele cumpriu até o fim) e governador - que idéia original ele defendeu?
Quando forem escrever o verbete sobre ele, o que se dirá? José Serra - deputado, senador, ministro, prefeito, governador, duas vezes derrotado em campanhas presidenciais, presidente do Palmeiras. e o que mais ?
Depois que a blogosfera retirou do currículo dele a luta contra a AIDS (do Jatene) e os genéricos (do Jamil Haddad) - o que sobrou? Nada.
O filosofo Paulo Arantes, numa sabatina na Folha (**), já tinha feito essa pergunta - o que pensa esse rapaz? Ele é um operador. Um operador da maquina partidária dos conservadores paulistas e operador do PiG (***).
A Veja - a ultima flor do Fascio - dizia que ele é "a elite da elite". Ele sempre foi o "eleito" do PiG (***).
O Fernando Henrique é que atropelou o Serra - e, por isso, os dois se odeiam mais do que se amam -, movido a Plano Real do Itamar. Os dois - Fernando Henrique e Serra - entraram no vácuo do Consenso de Washington, assim que o Pedro Bial derrubou o Muro de Berlim e o Império se tornou incontrastável. Se o resultado tivesse sido outro, os dois, o Farol e seu Grande Planejador tinham ido para o lado oposto, com o mesmo empenho e dedicação.
A matriz deles servia para as duas pontas: esquerda ou direita, comprador ou vendedor.
Hoje, melancolicamente, os dois caíram no colo do Uribe.
Fernando Henrique, sempre mais esperto, abriga-se na confortável "Villa" do filho do Roberto Marinho em Paraty (como poderia ser em Capri. O Serra, coitado, moureja na porta das igrejas e é barrado.
É porque o Lula implodiu os tucanos de São Paulo.
O Lula chupou o oxigênio deles. O Lula fez inclusão social, com políticas que levaram à distribuição de renda na vertical e na horizontal. Os pobres subiram na escala da renda - e infernizam o Jabor nos aeroportos.
E na horizontal: o Brasil cresce mais fora de São Paulo. Em Pernambuco e na Bahia, por exemplo, onde o Serra vai tomar a surra que o Arthur Virgilio disse que ia dar no Lula.
O Fernando Henrique e o Serra perderam a capacidade de entender o que aconteceu no Brasil com Lula e, com isso, não conseguiram "ter um tema". O "pós Lula" é um blefe. O problema é o "mais Lula". Como não entenderam o que Lula tinha feito, não foram capazes de ter idéias para combater o Lula.
Fernando Henrique e Serra estão ancorados em 2002. Em 2002, Fernando Henrique achava que entrava para a História e seria chamado em Colombey les Deux Eglises para salvar a Pátria, com o fracasso do Lula.
Em 2002, o Serra ganhou a eleição. Daí vem a proteção às APAES, a prioridade ao Intestino etc. etc. etc. O Lula tirou o oxigênio dos tucanos de São Paulo. O Serra terá um fim melancólico, como previu o Marco Aurélio Garcia.
Para o Fernando Henrique, zero a zero, diria a Eliane Catanhêde. Ele sempre pode ir para Capri.

Paulo Henrique Amorim

(*) Está escrito nas estrelas que ele vai derrubar o Belluzzo.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político - o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reflexão para começar esse semestre

Hoje recomeçam as aulas da UERJ. Vale refletir as seguintes informações:

A nota média do país de 4,2 no ensino fundamental 1 (1ª a 5ª série) e 3,8 no ensino fundamental 2 (6ª a 9ª) – Os dados são do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que atribui nota de 0 a 10 às escolas.

Segundo o PISA 2006, o programa de avaliação de sistemas educativos mais difundido no mundo, o Brasil está em 54ª lugar em Matemática (entre 57 países) e em 49ª lugar em leitura (entre 56 países).

39,5% dos jovens brasileiros de 16 anos não terminaram o ensino fundamental – (Fonte: PNAD/IBGE 2007).

Apenas 9,8% dos alunos do 3º ano do ensino médio sabem o conteúdo esperado de Matemática e 24,5%, o de Língua Portuguesa – (Fonte: Todos Pela Educação SAEB 2007).

55,1% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiram concluir o ensino fundamental – (Fonte: PNAD/IBGE 2007).

74% da população brasileira não consegue entender um texto simples - (Fonte: INAF)

42,6% dos alunos da 3ª série (EM) estão acima da idade adequada – (Fonte: SAEB/INEP 2007).

Nós, futuros professores, devemos mudar essa situação. Nós, enquanto cidadãos, deveremos mudar o atual sistema, sem compromisso com a educação e com a formação do indivíduo.

Pense nisso e tenha um bom retorno à UERJ.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pré-ENEH - 2° encontro 16/08 & Regulamento Final

O 2º dia do Pré-ENEH será realizado no dia 16 de agosto de 2010, com o tema "A Memória do Movimento Estudantil na UERJ", com a participação dos militantes Aurélio Fernandes, Antonio Edmilson e Boing (coordenação - FEMEH).

Manhã: 10:30 - Noite: 19:30. RAV-94.

Este é o segundo encontro valendo certificados de participação e a prioridade na lista dos alunos que irão no ônibus para o XXX ENEH de Fortaleza, em setembro, dia 1º de setembro, totalizando 50h de viagens.

Como afirmado anteriormente, os alunos que apresentarão trabalho no ENEH têm vaga garantida, mesmo não participando do Pré-ENEH. Portanto, estes alunos terão que apresentar, para um representante da gestão, a carta de aceite do trabalho até e/ou no dia do Pré-ENEH (16/08). [Aqueles que não apresentarem a carta de aceite, perderão a garantia da vaga, e concorrerão pelos outros critérios de prioridade.]

Até o dia 18/08 (quarta-feira) será divulgada a pré-lista, com os alunos que apresentarão trabalho e com a ordem de preferência referenciada pela participação nos Pré(s)-ENEH.

Se o número de participantes dos pré-encontros somados com os número de alunos que apresentarão trabalho (e houverem apresentado a carta de aceite) coincidir com o número de vagas no ônibus (44), serão estes os alunos a viajarem.

Caso contrário, ou seja, se o número for maior, haverá o sorteio da lista dos Pré(s)-ENEH. Lembrando que os alunos que mandaram trabalho não participam do sorteio, pois tem a vaga garantida.

Efetuado o sorteio, aqueles que forem contemplados deverão, no prazo limite de 48h, apresentar via e-mail ou pessoalmente o comprovante de pagamento de inscrição.

Os demais alunos entrarão na lista de espera, também estabelecida pelo sorteio. [Aqueles que forem sorteados e não apresentarem o comprovante de pagamento no prazo indicado serão automaticamente eliminados do processo.]

Centro Acadêmico de História - Filhos da Pública IV

Texto de Laerte Braga sobre a "festa da democracia burguesa"

O ESPETÁCULO DOS DEBATES

Laerte Braga

Quando o candidato José Arruda Serra disse a jornalistas que debates entre presidenciáveis devem ocorrer apenas com a presença daqueles que têm alguma representatividade estava jogando qualquer princípio democrático no lixo.

O que é representatividade?

As grandes redes de televisão no Brasil costumam argumentar que apenas os candidatos com maior intenção de votos, aferida por pesquisas, devem participar para tornar o debate mais esclarecedor e criar melhores condições para que o cidadão possa definir. Usam como exemplo as eleições nos EUA.

Ora, um cidadão, por si só, é alguém com representatividade. No gozo dos seus direitos políticos tem o voto como um dos instrumentos capazes de materializar esses direitos. E essa representatividade.

Como dizer que o candidato Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, não tem representatividade? Porque tem quase dois ou três por cento das intenções de voto? Ou o secretário geral do Partido Comunista Brasileiro, Ivan Pinheiro? José Maria, do PSTU?

Essa exclusão é limitar o processo eleitoral, é criar um arremedo de processo democrático, ainda mais num país onde cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entende a lei da Ficha Limpa a partir de critérios diferentes. Roriz não pode (claro é um assaltante de cofres públicos), mas Jáder Barbalho, idem, pode.

E o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não tem a menor idéia de como resolver o impasse que, com certeza, vai acabar no STF (Supremo Tribunal Federal).

Justiça Eleitoral em si, com a estrutura que temos, é uma aberração. Se atentarmos para o chamado mundo institucional aqui e em países dito mais adiantados, ou com democracia que consideram plena, eleições são regulamentadas por legislação que muitas vezes é secular, os princípios básicos e simples de um acontecimento assim e coordenadas por juntas eleitorais formadas num espectro representativo da chamada sociedade civil organizada, inclusive partidos.

Aqui inventaram a infalibilidade da urna eletrônica. Desde que nunca dê pane.

Os limites impostos pela Justiça Eleitoral, inclusive aceitar a exclusão de determinados candidatos de debates em redes nacionais de tevê, contrariam todo e qualquer princípio ou pressuposto de eleição livre e democrática.

Debates entre presidenciáveis é apenas um show. Uma luta de boxe sem luvas e sem murros. Nunca uma tentativa de apresentar e discutir programas, mas de mostrar maior ou menor agilidade na capacidade de complicar o adversário e enrolar o eleitor.

Como dizer que um cidadão do porte de Plínio de Arruda Sampaio não tem representatividade? Tem a mesma que historicamente em momentos da vida nacional tiveram figuras como Sobral Pinto, Evandro Lins e Silva, e tem hoje Oscar Niemeyer.

Ou Ivan Pinheiro? Líder sindicalista, uma longa vida de luta política, inclusive o resgate de seu partido que um pulha da política, Roberto Freire. Tentou guardar a legenda na geladeira para evitar atrapalhar planos e projetos pessoais dele e de grupos. Como excluir José Maria, PSTU, um partido presente em vários setores da luta sindical, estudantil, do movimento popular

Por que? Poderiam incomodar os chamados grandes? Perguntar a Arruda S.erra por exemplo a razão da compra de trens imprestáveis para o metrô de São Paulo? Os altos custos dos pedágios nas estradas estaduais paulistas? Os baixos níveis da educação e da saúde em São Paulo, resultados de doze anos de administração tucana?

Questionar a candidata Dilma Roussef sobre concessões feitas pelo governo Lula a setores das elites que levam bancos a viverem o melhor momento de suas histórias? E tantas outras? As políticas que definham salários de aposentados na malfadada reforma da Previdência iniciada no governo FHC?

Mostrar que Marina da Silva jogou fora sua história e aliou-se a empresários predadores da Amazônia e está sendo financiada por eles na balela do desenvolvimento sustentável (sustenta a candidatura dela e os interesses deles)?

Um debate, em tese, deve permitir ao cidadão/eleitor que tome conhecimento das propostas, do programa de cada candidato. Onde isso acontece?

A GLOBO, dona do futebol e da CBF no Brasil, transferiu o jogo São Paulo versus Internacional, semifinal da Libertadores da América de quarta para quinta-feira com o intuito de esvaziar o debate da rede concorrente, a BANDEIRANTES. Quer arrogar a si o privilégio de oferecer ao distinto telespectador o show da democracia. O espetáculo dos gladiadores contemporâneos, num ringue do qual não participam aqueles que não conseguem atingir determinado patamar nas pesquisas de opinião pública, muitas delas montadas, como acontece com o INSTITUTO DATA FOLHA, e quase sempre com o IBOPE.

Aceitar esse jogo é jogar por terra a essência do processo democrático. É tentar definir o voto num direto bem aplicado, mesmo que seja um golpe baixo, ou uma jogada decidida por um marqueteiro, que nada daquilo que se diz seja verdade, à medida que as redes de tevê e particularmente a GLOBO entendem que o País deve ter um presidente afinado com os interesses que representam.

Não é uma questão de democracia é de índice de audiência. Índice de audiência significa um volume maior de patrocinadores, representa cumprir o dever de submissão às elites. Transforma as redes de tevê em senhoras do pensamento e da vontade induzidas do cidadão/eleitor, no crescente trabalho de alienação geral.

Esse é o objetivo deles.

Ao citar os três candidatos que citei acima, Plínio de Arruda Sampaio, Ivan Pinheiro e José Maria não estou entrando no mérito de seus programas, seus propósitos, são todos homens públicos sérios, dignos, com história, mas reivindicando o direito de ouvi-los tanto quanto a qualquer outro chamado grande.

Arruda Serra não tem a menor idéia do que é representatividade. É que representa interesses de potência estrangeira, de grupos econômicos nacionais e estrangeiros e só conhece esse lado da história. É pago para isso.

Da mesma forma que exclui candidatos chamados “nanicos” (por que?), exclui nordestinos, exclui os do norte do Brasil, do Centro-Oeste, as populações carentes do Sudeste e do Sul, traz o preconceito dentro de si e isso é característica tucana, a genética de mau caratismo golpista. Permeia boa parte do PT também.

O sistema de dois turnos existe para que, em tese, todos os candidatos possam se apresentar e aos seus programas. A antiga lei de propaganda gratuita, do ex-deputado e ministro do STF Adauto Lúcio Cardoso, assegurava a proporcionalidade entre os partidos, mas um tempo mínimo decente a cada partido e exigia que a apresentação fosse ao vivo para evitar os truques da imagem/objeto.

A ditadura acabou com isso, provocava a discussão e o debate e permitia ao cidadão/eleitor uma clara visão de cada partido ou candidato e assim definir seu voto, mas a democracia mantém, agora por conta dos interesses de marqueteiros, fabricantes de marcas diversas de sabão em pó travestidas de candidatos a presidente da República.

Quando ouço falar em choque de gestão me lembro do ex-governador Minas, Aécio Neves. Construiu um monumento a “eficiência administrativa”, algo que lembra a obra de Kafka, já em processo de decomposição (às pressas para inaugurar ainda em seu governo), quando poderia ter construído pelo menos 200 mil casas populares. Ou corrigido o salário de fome pago a professores da rede estadual. Cuidado da saúde que se prestou apenas a um jantar para prefeitos e vereadores e fomentar a campanha de um candidato a deputado federal que, por si só, deveria estar varrido pela Ficha Limpa. Mas não, deve ser o mais votado no estado.

Esse é só modelo FIESP/DASLU. Sonegador, portanto criminoso, que não tem nada a ver com a democracia.

E, legalmente ainda dizem que tevês são concessões do poder público e têm o dever de levar informações corretas, cultura, veicular lazer recheado de respeito ao cidadão, etc, etc.

Devem achar que o JORNAL NACIONAL e o BIG BROTHER BRASIL desempenham esse papel.

Ou que o problema do goleiro Bruno é o principal fato dos tempos recentes, logo após a tragédia que matou a menina Nardoni.

Hoje, a preocupação da turma global é com os seios de Luísa Brunet que teria exagerado na transparência.

Há uma outra forma de transparência que também deveria estar presente em cada veículo de comunicação.

Como indispensável adorno dos objetos produzidos agora, como demonstração geral da racionalidade do sistema, e como setor econômico avançado que molda diretamente uma multidão crescente de imagens-objetos, o espetáculo é a principal produção da sociedade atual” – Debord, A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Contraponto, RJ).

“O espetáculo é o momento histórico que nos contém” – idem.

E deliberado, é lógico.